Katharine Von Spiner

NOME: Katharine Von Spiner

IDADE: 20

LADO: Aliada do Rei

CLASSE: Guerreira

BIOGRAFIA:
Katharine Von Spiner nem sempre foi chamada assim. Por muito tempo ela foi Katharine Lockhart, princesa de Arzallun. A Princesa Amaldiçoada.
Não se sabe ao certo quando começou. Mas todos sabiam que era perigoso.
Os olhos vermelhos eram o sinal.
Quando os olhos dourados da princesa se tornavam escarlate, ela era trancada na Torre Norte do palácio. Dominada por uma outra personalidade. Um monstro.
Essa era sua maldição. Num instante a mais pura criatura, doce e inocente. No outro uma besta furiosa. Fria, violenta, mortífera.
Apenas uma pessoa era capaz de controlar a besta. Leon. O guardião da princesa. A pessoa com quem ela passava a maior parte do tempo. Por algum motivo que ninguém foi capaz de descobrir, ele nunca fora atacado pela princesa. E foi por esse motivo que foi nomeado guardião da princesa... Será?
A princesa cresceu uma bela jovem. Sob controle na maior parte do tempo. Seu outro lado surgia quando ela se sentia ameaçada ou irritada, por isso era importante que Katharine vivesse no ambiente mais pacifico possível.
Foi aos dezessete anos que ela seu deu conta de que estava apaixonada.
Leon... Ele sempre esteve com ela. Sempre a protegeu... Mas será que ele a amava também?
O medo de não ser correspondido levou Katharine para mais uma crise. Presa na torre por um dia, até que Leon veio vê-la.
¬¬“Vai me contar o que houve?” Ele perguntou.
“Nada.” Ela respondeu, num impulso.
“Nada?” A pergunta foi acompanhada de um olhar zombador.
A princesa se sentiu enrubescer e abaixou o rosto. Arrepiou-se quando Leon colocou um dedo em seu queixo e a fez olhar para ele.
“Está com vergonha de mim?” Ele perguntou com um risinho descrente.
“Não.” A resposta foi abrupta. Leon riu. “Pare.” Ela disse e abaixou os olhos.
“Com o que?”
“Com... Isso.” Ela fez um sinal nervoso na direção dele.
Ele riu novamente. Aquilo estava começando a irrita-la... Mas não do jeito errado. Não do jeito que ela se irritava quando se transformava em uma besta, mas de um jeito estranhamente... Bom. E ele havia acabado de chegar!
“Nunca pensei que fosse ver isso.” Ele disse, surpreendendo-a depois de um tempo de silêncio.
“Isso o que?” Ela perguntou. Ele riu novamente, segurou o rosto dela com as mãos e a beijou.

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O Rei morreu pouco mais de um ano depois. Envenenado. Mas a princesa ainda não sabia quando foi levada até a torre. Ela não entendia.
“O que está acontecendo?” Ele perguntou pela milésima vez.
“Só suba.” Leon repetiu pala milésima vez.
Ela já sentia aquele formigamento. Aquela ardência por todo o corpo... A besta estava vindo.
Eles chegaram ao topo. Leon empurrou a porta do quarto imundo, tantas vezes destruído pela besta.
“Vai me dizer o que houve agora?” Ela exigiu.
Leon respirou fundo e a guiou até o centro do quarto.
“Fique parada aqui.” Ele disse. Depois caminhou de volta até a porta enquanto ela o encarava.
“O Rei está morto.” Ele disse. E a ultima coisa que ela viu antes da besta domina-la foi Leon saindo e trancando a porta atrás dele.
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Oito dias. Oito dias consecutivos. Sem comer. Sem beber. A besta não precisava. Quando Katharine despertou ela se deu conta de seu estado. O quarto destruído. Suas roupas em frangalhos. Ela inda podia ouvir o eco dos próprios gritos.
A porta se destrancou e Leon entrou. Ela não compreendeu a principio. Ela trajava roupas estranhas mas ao mesmo tempo familiares... Aquela capa... Por que? A menta da princesa ainda se movia devagar.
“Leon...” Ela tentou dizer, mas sua voz não saiu, depois de oito dias gritando e urrando quase sem parar.
“Não diga nada.” Ele disse. Ela não conseguiu ler sua expressão. Ele virou-se para o guarda do lado de fora. “Tranque a porta. Só abra quando eu ordenar.”
“Sim, majestade.” O guarda respondeu e obedeceu.
Katharine estava confusa.
“Sente-se.” Leon disse. A princesa não se moveu. “Katharine.” Sua voz era firme “Sente-se.”
A princesa se sentou na beirada da cama.
“Você está partindo.” Ele disse, virando-se para encarar a janela. Era uma noite chuvosa lá fora. “Meu pai está morto e você é perigosa.” A princesa apenas o encarava. Não que ela fosse capaz de disser qualquer coisa. “Eu sinto muito ter que te contar isso assim Katharine.” Ele fez uma longa pausa e respirou fundo. Depois virou-se novamente para ela “Você não é princesa. Não é herdeira ao trono. Eu sou. Sou Leon Lockheart. Filho de Balthimus Lockheart. Seu verdadeiro nome é Katharine Von Spiner. Você é filha de um homem que já salvou a vida de meu pai. Ele te adotou pois seu pai estava em seu leito de morte e sua mãe morreu no morto. E por algum motivo eu era o único a quem você não feria.”
Ele esperou a explosão. Mas ela não veio.
Katharine só o olhava, com os lábios entreabertos e os olhos marejados.
“Você parte para Buhenstar em meia hora.”
Uma pausa. Nada de explosão. Leon respirou fundo.
“É só isso.Esteja pronta.”
Então ele virou-se, pediu que o guarda abrisse a porta e saiu.
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Katharine já estava no carro cela. Apenas as grades de ferro a separavam de Leon.
“Sinto muito por isso.” Ele disse, sem coragem de olhar para ela.
Não, você não sente. Ela pensou.
“Eu te amo.” Ele disse. O rangido do motor.
“Pare de mentir para mim.” Katherine conseguiu dizer antes do carro acelerar e partir.

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Era uma casa de pedra. Horas andando a separavam da civilização. Tudo o que ela tinha era a água de um poço e os mantimentos que alguém deixaria semanalmente na sua porta.
Ela olhou seu reflexo no espelho imundo de seu quarto.
“Você não está sozinha, meu bem.” Uma voz ecoou. Katherine olhou ao redor, depois novamente para o espelho. Seu reflexo tinha olhos vermelhos e um sorriso que não pertencia ao seu rosto. “Eu estou com você.” O reflexo disse. A besta.
“Você não vai mais me dominar” Katherine disse. O reflexo riu. Uma risada maligna.
Katherine socou no espelho que se desfez em cacos e sangue.
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Dois anos se passaram. Dois longos anos. Katharine não era mais aquela garota. A besta não existia mais. A besta era parte dela. Partes iguais. Permanentes.
Ela havia caminhado por dois dias. Agora estava de pé na porta do castelo. Uma espada em cada mão. Ela as havia conseguido quando derrubou dois guardas no portão. Não os havia matado. Só os deixado inconsciente.
Ela caminhou pelos corredores familiares. Sentiu o cheio familiar...
Seus passos a guiaram para a sala dos tronos.
Ele estava lá. Sozinho. Estava diferente. Seus cabelos estavam mais longos. Mas o dela também estavam. E ele não estava irreconhecível como ela.
“Katherine!” Ele disse incrédulo.
“Leon.” Ela disse. Ela notou que ele segurava um papel. Uma carta.
“Quanto tempo.” Ela disse.
Ele olhou para o papel em suas mãos e depois para ela.
“Como chegou aqui?” Ele perguntou.
“Andando.” Ela respondeu, dando de ombros.
“Como entrou?”
“Usei a porta.” Ela deu de ombros novamente.
“Mas os guardas...”
“Fique tranquilo. Eles estão vivos. Só os deixei inconscientes.”
“Como...?” A pergunta ficou no ar.
“A besta não me domina mais Leon.” Ela deu alguns passos em direção a ele “Somos umas só agora.”
“Tem certeza?” Ele perguntou, sem coragem de encará-la.
“Sim.” Ela respondeu.
“Então me ajude.” Ele disse, suplicante, caindo de joelhos.
Aquilo a pegou de surpresa. Ele a entregou a carta.
“Estamos declarando Guerra.
Assinado,
Kranova”
Foi tudo que ela precisou ler.

EXTRAS: Armas: Duas espadas

PONTO FRACO: Ainda existem resquícios de sua maldição. Mas, agora, quando emocionalmente abalada, Katharine perde parte de sua força, agilidade e reflexos.

ÍTENS:
-Longo sobretudo negro com capús que cobre parte do rosto.
-Adaga.
-Kit de antídotos com:
1 dose para paralisantes
1 dose para cegantes
1 dose para desorientantes
1 dose para Suco Azul
1 Dose para Pequena Criança