O Baile de Mascaras

Enquanto ele a respondia, Ravenna levantou a cabeça para ouví-lo... E cerrou levemente os olhos enquanto escutava a resposta.
Então viu ele encarando um lugar ao longe.
- Organização? - ela disse se virando e vendo a paisagem. O prédio de Elizaveta: Kranova Co. Tecnoly & Health. - Eu... eu não tinha visto ele daqui. - Disse Ravenna soltando dos braços de Shadow e andando para mais perto do para-peito admirada com a paisagem. - É o prédio dos Kranova. - ela disse com um aperto no coração, Shadow era do lado do Rei, ela havia se esquecido disso. Ela apoiou os braços no para-peito e ficou encarando o prédio. Quantas vezes já trabalhara para e com Elizaveta, ali?
Virou a cabeça pra trás para perguntar para Shadow: - Bem vejo que não te trazem boas memórias, cavalheiro.

Não. Kranova também.... Tentam usar a tecnologia para promover uma guerra para impô-la. Tudo tem seu tempo... Diz Shadow. Eu falava de Hassan, a organização que me treinou, e me transformou no que sou. Ninguém deveria passar pelo que passei.... Termina Shadow, com a voz calma.

Mas agora... Porque a pergunta sobre meus olhos? Pergunta Shadow.Agora quero saber o porque desse dourado sobrenatural em seus olhos.

Ainda apoiada no parapeito, Ravenna se virou de frente para Shadow.
- Hassan... Não me é estranho esse nome. - Ela viu que ele não estava muito confortável com a idéia de falar sobre isso. - Mas enfim... - a pergunta sobre os olhos não trouxera a ela a melhor das experiências, mas a mentira sempre vinha muito fácil. - Quando se mexe com antídotos e venenos, algumas coisas são afetdas, sabe? Só... curiosidade mesmo... - Ravenna disse com um sorriso tranquilo.
Ela olhou para dentro do salão: viu Katherine com Leon, viu o DJ fantasiado de monstro... e viu Elizaveta estressada. Que por todos os Deuses divinos, ela não me chame., só pensar em Shadow descobrir que ela era do lado Kranova lhe dava um arrepio.
Com um pulo, sentou-se no para-peito, balançando as pernas.

Shadow sentou-se no para-peito da janela, ao lado de Ravenna.

Não conheço venenos que mudem a cor dos olhos.... Diz Shadow. Apenas feitiçarias.....

E com isso, coloca seu braço em volta de Ravenna.

- Na verdade, eu bem queria que fosse apenas feitiçarias, Shadow. Teria sido mais interessante. - Ravenna respondeu com um riso enquanto sentia o quão bom era falar o nome dele - Foram venenos... destruíram parte das minhas proteínas oculares. Tenho certeza que você conhece venenos destrutivos. - ela virou o rosto pra ele, deixando que ele visse os olhos modificados.
E então sentiu o braço dele envolta dela.
Levemente, ela tombou a cabeça, deixando-se apoiar no ombro dele. Estava ali enquanto encarava Elizaveta ao longe.
- Como você se tornou o guarda-costas da princesa?

Shadow não estava convencido pela história dos venenos. Mas decidiu não insistir, pois não levaria a nada. Todos tinham algo a esconder, ou não ficaria interessante.

Claro que sim.... Diz Shadow normalmente. Não sou oficialmente o guarda-costas dela. Apenas a protejo por lealdade a Leon. Assim como protegerei Leon....

Katharine respirou fundo enquanto encarava Leon. Então notou um garçom passando com bebidas. Pegou uma taça da bandeja e virou quase tudo de uma vez.

“Leon, pare de me perguntar o que fazer e apenas faça.”

E então tomou o ultimo gole da bebida

“Creio que você seja qualificado o bastante para isso.”

Ravenna deu um bocejo enquanto levantada a cabeça do ombro de Shadow.
- Ah que tédio! - Ela disse deixando a cabeça cair pra trás e sentindo o cabelo pesar no coque que ela tinha feito para ir à festa.
Com um pulo, Ravenna desceu do para-peito e puxou o homem com ela pela mão.
- Vem comigo. - Ela não sabia pra onde estava indo, mas continou ainda assim.
Indo para uma espécie de pátio, Ravenna desceu uma escada que dava para um lugar aberto, serviria como uma arena.
- Então, - disse Ravenna parando enquanto encostava seu corpo no do homem e passava os braços no pescoço dele - um treino não seria nada mal não, acha? - abaixou a máscara e deu um longo beijo nele. Depois de um tempo, deixou uma das mãos sairem da nuca dele e deslizou até a coxa dela, onde a faca se encontrava. Com a outra mão, levantou a máscara dele enquanto a outra empunhava a Faca.
Com um salto pra trás, ela disse:
- Vamos lá, quero me divertir de verdade essa noite. - um sorriso maléfico surgia no rosto dela.